sábado, 8 de março de 2008

8 de Março - Dia Internacional das Mulheres

Comemora-se hoje o Dia Internacional das Mulheres.
As comemorações deste Dia estão ligadas, em toda a parte, à luta das mulheres por melhores condições de trabalho, por uma vida mais digna e por uma sociedade mais justa e igualitária.
Não se trata de uma “guerra de sexos”, como ainda, por vezes, se quer fazer crer, mas de “respeito entre iguais”, de igualdade de direitos, de igualdade de responsabilidades, de igualdade de oportunidades, de igual dignidade e valor entre homens e mulheres, em suma, de direitos humanos fundamentais.
Por mais incrível que possa parecer, ainda é necessário afirmar tudo isto, repetir vezes sem conta que esta não é uma luta entre homens e mulheres, mas sim uma luta de homens e mulheres no combate às desigualdades e na promoção de uma sociedade de parceiros iguais.
Por isso, continua a justificar-se evocar este Dia, que é aproveitado para salientar o nosso papel e a nossa dignidade social, o nosso valor enquanto pessoa, mas também para contestar preconceitos e limitações que continuam a ser-nos impostos.
O Dia 8 de Março é o dia que consagramos à memória e homenagem daquelas que fizeram, e fazem, a história da luta pelos direitos humanos e pela igualdade de género, mas também constitui uma oportunidade para realizar o balanço do que já foi conquistado e reflectir sobre o muito que ainda falta fazer.
E há muito ainda a fazer ...
Porque "as mulheres não querem um dia especial, uma data de calendário que recorde apenas as lutas passadas. As mulheres querem todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. As mulheres querem a vida inteira".

Entre as inúmeras realizações que tiveram hoje lugar, um pouco por toda a parte, participei em duas:
Uma de carácter oficial, promovida, em Lisboa, pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e outra, de âmbito mais restrito, promovida por uma estrutura partidária local, no distrito de Santarém: uma sessão comemorativa, onde não faltaram espaços de debate dedicados à temática da tomada de decisão (política e económica), e um almoço evocativo. Poderia ainda ter participado num jantar comemorativo, promovido pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, mas optei por um programa familiar – Conciliar é preciso !

Entretanto, dei-me conta que faz hoje precisamente um mês que introduzi a última mensagem neste espaço e que, neste período, muito poderia ter sido registado e só não o foi (uma vez mais) por manifesta dificuldade de conciliação.

Deixo, por isso, aqui um breve apontamento sobre o que marcou este mês e, em mensagens complementares, desenvolverei um pouco mais alguns destes tópicos:

EDITE ESTRELA, que foi objecto da minha mensagem anterior, lançou já um segundo número da sua Newsletter dedicada à promoção dos direitos da mulher. A sua anunciada página (http://www.editeestrela.eu/) também já está disponível na net. Vale a pena aceitar o convite para uma visita. Conforme a própria escreveu na nota de abertura, a página foi «criada a pensar em si, que gosta de estar informado(a), que se interessa pelo trabalho dos eurodeputados, que reconhece a importância das decisões do Parlamento Europeu». Diz ainda Edite Estrela que é ao eleitor que quer «prestar contas e contribuir para que se sinta mais próximo dos deputados europeus, para que conheça melhor as instituições europeias (...) e tenha melhores condições para exercer a sua cidadania europeia». Entre os conteúdos que podemos acompanhar nesta página está a actividade que Edite Estrela desenvolve na Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros.

MADALENA BARBOSA (Milena, como era conhecida entre nós) deixou-nos. Precisamente no dia em que foi lançado o seu livro «Que Força é essa» ...

O Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa promoveu uma Conferência subordinada ao tema "International Feminisms in Historical Comparative Perspective, 19th - 20th Centuries", com quatro sessões de debate onde marcaram presença vários especialistas nacionais e internacionais.

O Departamento Nacional das Mulheres Socialistas promoveu, em Lisboa, uma I Cimeira das Mulheres da Lusofonia, dedicada ao tema «O Empreendedorismo no Feminino: Que políticas para um desenvolvimento justo e sustentável?».

A Associação «ABRIL» (Associação Regional para a Democracia e o Desenvolvimento) lançou, em Lisboa, o livro «Uma Flor por Maria de Lurdes Pintasilgo».


Foi reeditado e apresentado, em Lisboa, o livro-manual «Na Política, as Mulheres são capazes», uma tradução e adaptação da edição inglesa da obra «Women can do it!», publicada em 1992 pelas Mulheres do Partido Trabalhista Norueguês. Com esta reedição pretende-se dar um contributo para a promoção de uma efectiva participação das mulheres em todas as esferas da vida pública e, em particular, na política.
Na nota prévia, assinada por Elza Pais, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, pode ler-se «As leis são um instrumento fundamental para se conseguir a efectiva participação das mulheres na vida pública, mas é igualmente indispensável que se desenvolvam mecanismos de empoderamento das pessoas sub-representadas para que se alcance uma cidadania participativa de todas as pessoas. Publicações como esta pretendem sensibilizar, promover e estimular a participação cívica activa de homens e mulheres na construção de uma sociedade mais justa e igualitária».

Termino esta série de apontamentos com uma ROSA para todas as GRANDES MULHERES que conheço, nelas homenageando TODAS as Mulheres do meu país. Que nunca nos falte a FORÇA e a CORAGEM para seguir o exemplo daquelas Mulheres que abriram os sulcos da nossa caminhada rumo a uma sociedade que seja mais justa, porque mais paritária!

E têm sido tantas ao longo da História ...

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